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[Vale a pena ler de novo] @EditoraValentina - Resenha: Proibido - @OverdoseLiterária

[Vale a pena ler de novo] @EditoraValentina - Resenha: Proibido - @OverdoseLiterária

Resenha: Proibido - Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa? - Tabitha Suzuma
Classificação: 5/5 ♥ Favorito 
Editora: Editora Valentina


Sinopse: Proibido - Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa? - Tabitha Suzuma
Proibido - Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. 
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Eles são irmão e irmã. Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.


''- Não sei - sussurra. - Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa?''


Estava pensando em começar essa resenha com alguma frase de efeito, ou algo que logo demostrasse o quão ótimo é esse livro, porém, Proibido foi uma leitura que nem sei como começar a descrever, acabei de terminar a obra e sinceramente me sinto meio anestesiada, não sei se já aconteceu com vocês, quando fechei esse livro, só parei, fiquei olhando para o teto e me deu aquele branco, aquele ''e agora?''. E o que falar dos sentimentos que surgiram durante a leitura, e principalmente na parte final? Um desespero monumental! É o tipo de leitura que mexe tanto com você, que até fisicamente você chega a sentir, o coração apertado, aquela sensação na boca do estomago, e a vontade de chorar, convincente, envolvente e apaixonante, muito emocionante também, não vou me assustar se voltar a chorar escrevendo essa resenha!


''- Mas ele beijou você. - gritou, sacudindo-o pelos braços para ressuscitá-lo - Ele tentou, é verdade, mas eu não deixei! E sabe por que? Quer saber a razão? Quer realmente saber a razão? - Ainda o segurando com ambas as mãos, eu me inclino para frente, ofegante, lágrimas quentes e pesadas me escorrendo pelo rosto. - Foi por isso...''


O enredo é no minimo polêmico, acredito que falar assim de cara, só citar uma simples palavra, pode fugir ou aguçar vários tipos de leitores, mas nessa literatura, como na literatura em geral sentindo tudo que os personagens sentem, e sabendo o que está acontecendo pelos olhos deles, entendo aquilo tudo, desde o principio, sem preconceitos, sem opiniões pré-formadas é muito, muito diferente.

Vamos lá! Sem mais mistérios!

Encontramos uma família onde um pai a abandonou e uma mãe é tão ausente que entre o vício da bebida e o comportamento de adolescente sem causa, ela não pode nem cuidar dela mesma, quem dera de cinco filhos. 
Então, temos os cinco filhos, Lochan de quase 18 anos, Maya de quase 17, Kit de treze, Tiff de oito, e a pequena Willa de cinco. 
Uma casa sem mãe e sem pai, com crianças pequenas, alguém tem que cuidar, alguém tem que fazer esse papel, fazer comida, educar, dar banho, pegar e levar para a escola, dar o apoio emocional e estrutura que todas as crianças precisam para sobreviver. 
Nessa ''brincadeira'' da vida cotidiana, quem assumiu os papéis de autoridade foram Loch e Maya, Maya e Loch, o irmão e a irmã que se apaixonaram, que acabaram se envolvendo e se amando muito, muito mais do que a sociedade permite e aceita de uma relação fraternal!

Amor! Paixão! Uma família quebrada! Crianças! Uma relação incestuosa! Essa palavra é forte e realmente não queria usar na resenha, mas acredito que quem ler e quem leu a obra não pensou nessa palavra como uma coisa feia e nojenta, que é como geralmente a gente pensa imediatamente! 

O livro é tão bonito! Lindo mesmo, Loch é um homem maravilhoso, inteligente, maduro, brilhante, só com 18 anos, não posso chamar ele de garoto, a vida o ensinou muito cedo a ter muitas responsabilidades, a mesma coisa podemos falar de Maya que não era criança a muito tempo também. É um tema tão complicado de falar, que eu queria muito explicar como foi calmo esse inicio de relação, como foi natural para os dois ''irmãos'' se apaixonarem, porque os dois nunca se viram no papel de irmãos, os dois sempre foram parceiros, almas gêmeas até, amigos, mas passando a vida toda praticamente fazendo papel de mãe e pai em casa, sendo as figuras adultas em uma família, sendo o apoio, o porto seguro um do outro, não foi tão absurdo quando esse sentimento maior surgiu no meio da relação desse casal. 


'' - Nós não fizemos nada de errado! Como o nosso amor pode ser considerado horrível, quando não estamos fazendo mal a ninguém?''


A escrita de  Tabitha Suzuma é literatura pura! É linda, linda, linda, faz o leitor se emocionar ao estremo, pois faz ele ser parte da história, encontramos os pensamentos de Loch e Maya de uma forma tão lindamente atormentada, tão palpavelmente real e cheia de sensações e sentimentos, emoções, que é preciso ter um coração de gelo para não se deixar sentir por essa história.

A relação de Loch e Maya é muito bonita, a relação da família é muito bonita, as crianças são maravilhosas, todas com a personalidade bem definidas, bem acentuada, com os traços totalmente próprios e originais. Willa e sua inocência, Tiff e a sua energia, Kit e a sua rebeldia, o filho do meio que queria ser ouvido!

Realmente me envolvi com todos os personagens, não consegui enxergar o romance de Loch e Maya como uma coisa errada e feia em momento algum, vivi todas as fases com eles, desde o entendimento do que estava acontecendo, ao o lutar contra, enquanto eles lutavam contra o sentimento, eu só faltava levantar uma faixa de torcida aqui, até tudo que aconteceu até o momento final. Aguenta coração!!!

A autora levanta várias bandeiras, fala sobre o incesto nos Estados Unidos, sobre como é considerado crime mesmo de forma consensual, aparentemente não é todas as formas de amor que são liberadas pelo mundo mesmo, ela fala também das famílias e as ''funções'' trocadas, fala daquela mãe que coloca o filho no mundo e vai ser feliz, daquele pai que constrói uma nova família e deixa a antiga esquecida, fala de fobias sociais, Loch tem o que os médicos chamam de ansiedade social, que é aquele medo de se envolve, de até falar com pessoas novas, de se expor em público, e aborda também o papel ou não do governo, no caso da assistência social, os cinco irmãos não queriam se separar, mas se descobrissem que eles viviam em uma casa abandonada pela mãe e o pai, iria cada um para um orfanato e aí chegamos novamente a missão de Loch e Maya de ser os pais ali!

''Não adianta lutar, só servia para nos magoar mais ainda. O ser humano precisa de um fluxo constante de nutrição, oxigênio e amor. Sem Maya, eu perco todos os três; separados, morreríamos lentamente.''


Terminei Proibido com o coração na mão, um acidente de trem abulante, foi uma leitura intensa, uma das melhores que fiz esse ano, envolvente e bonita em cada linha lida, comovente e sensível, falando de um amor de uma forma tão pura que chega a assustar! Indico para todos os tipos e estilos de leitores que se propõem a ler de mente e corações abertos para entender e sentir a beleza dessa história cheia de um lindo e completo amor. 
Recomodadíssimo! Uma obra incrivelmente maravilhosa e destruidora!!!! Do começo ao fim!!!!   

''Nunca deixem nenhum deles perder! Mesmo que antes deem uma canseira neles, vocês sempre, sempre têm que deixá-los vencer no final.''

*Resenha ORIGINAL: Proibido - Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa? - Tabitha Suzuma

Paula Juliana

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